O programa A Liga e sua estúpida apologia a prostituição


Eu confesso que eu fiz, é eu sei que não deveria ter feito, mas aconteceu. Eu sei que nunca aprendo, não sei olhar para os erros do passado e aprender com eles. Qual crime que este simples blogueiro cometeu? Eu liguei a TV. Eu não posso reclamar de ter assistido a porcaria que assisti. É muita inocência ou burrice da minha parte imaginar que irei ligar a televisão e ver algo razoável e de qualidade na programação atual. É como ir ao banheiro público de uma integração em Recife e imaginar que está entrando no toalete do Shopping Plaza, que, diga-se de passagem, é mais organizado do que meu próprio apartamento.

Cheguei em casa, sentei no sofá é sem muita relutância apertei o botão (minha TV é tão velha que já perdeu até o controle). Estava passando A Liga. Pensei: De qualquer modo não pode ser pior do que as novelas da Rede Globo. Ledo engano. O programa da TV Band discutiu a respeito da Indústria do sexo e entre outras coisas seus repórteres acompanharam o dia a dia de prostitutas. Consegui assistir cinco minutos de programa, sei que suportei de mais, é tão depressivo imaginar a capacidade do ser humano de ouvir tanta idiotice.

Em certo momento os repórteres perguntavam sobre o dinheiro que as garotas de programa (o politicamente correto usaria o termo profissional do sexo) recebiam por mês. Chegando a conclusão que elas ganham muito mais em um dia do que a maioria que passa o mês trabalhando pesado. E a repórter então afirma que elas nesta atividade podem gozar de uma vida melhor.

Em primeiro lugar ganhar mais não significa ter uma melhor qualidade de vida. Esta não pode ser medida apenas em termos econômicos, outros fatores têm que ser levados em conta. Por exemplo, você pode perfeitamente ganhar muito, mas não ter tempo para nada e viver absolutamente estressado ou dependendo de remédios para dormir. Não existe uma relação exata entre melhor salário melhor qualidade de vida.

Mas a questão central não é esta. E sim pensar que ser prostitua e ter uma vida melhor. O programa mostrava prostitutas supostamente bem-sucedidas e que não queriam ter outra vida, cujo único arrependimento era não ter entrado mais cedo para esta digníssima profissão. Como uma mulher vai ter mais qualidade de vida saindo toda noite com um ou mais nojentos diferentes e vendendo seu corpo para um seboso dar uma gozada. Correm o risco todos os dias de contraírem AIDS e todo tipo de doença sexualmente transmissível, e absolutamente a regularização não vai diminuir em nada este risco. Sua vida resume-se a ser um objeto de prazer alheio. Como uma mulher dessas vai ter mais qualidade de vida? Estes progressistas (até concordo com o termo progressista, se for progredir rumo a destruição) acreditam que a legalização é o caminho, mas ela nunca excluirá o fato da degradação moral que se encontra a vida humana sob tais condições. Entregar o que é mais íntimo de uma mulher para um seboso que pagará por isso é deprimente. Imagine acordar de dia e pensar: Com quantos sebosos eu vou transar esta noite. Mas que grande qualidade de vida não é. Podem chamar-me de retrogrado, não posso nunca concordar com esta nojeira. Vocês senhores que fazem o programa são irresponsáveis. Senhores do programa A Liga, vocês nunca serão jamais serão. (Fã do Capitão Nascimento detect)

A humanidade ganhou do criador um presente lindo que é o mundo e o transformou em um prostíbulo. O homem ganhou do criador uma mulher e a transformou em uma prostituta para os outros homens pagarem por ela. A mulher foi criada por Deus com uma dignidade tal dotada com a própria imagem do criador, mas preferiu ser transformada em produto de venda do modo mais nojento que pode existir. Triste fim da humanidade só lhe resta a escuridão.

16 comentários:

  1. Não, meu caro, creio que seja questão de opinião e a minha difere da sua completamente...
    Qualquer julgamento baseado em ideologias,políticas ou religiosas, como me parece o seu caso, está sujeita a uma visão preconceituosa.
    o programa não faz apologia a nada, apenas dá voz aos personagens do cotidiano e escancara os problemas sociais, alguns maiores que a prostituição... é uma pena não reconhecer jornalismo de qualidade na tv

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  2. Vamos sair do censo comum...
    ver as coisas de maneira diferente...
    ouvir as historias de quem as vive...
    Rodrigo

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  3. Senso Comum*
    naum censo do ibge...errei..rs

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  4. Caro anônimo, todos nós temos opiniões guiadas por pressupostos. Ninguém é independente de pressupostos filosóficos, religiosos enfim. A questão é eu sei quais são os meus. Meu argumento não se baseia em preconceitos mas em conceitos racionais sobre a natureza humana.
    Por fim, o programa em muitos momentos emite juízo de valor sobre a prostituição, não existe essa imparcialidade.

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  5. Rodrigo, concordo plenamente com você. Mas lembre-se ouvir a história de alguém não significa que devo aceitar como correto aquilo que esta pessoa faz. Abraço!

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  6. Sei que muitos vão achar essa minha opinião absurda, mas prostituição deveria dá cadeia! ser prostituta deveria ser crime...

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  7. Esse programa A Liga é pretensioso e nada mais que isso. Usa a edição e filmagens modernas com cortes espertos para dar aquele tom documental e verídico, ou seja, é a famosa pretensão de querer mostrar "a verdade nua e crua". Mas na verdade não é nada disso, Rafinha Bastos conduz o programa, mas definitivamente não é uma pessoa a ser levada a sério, vide seu infeliz comentário a respeito do estupro e a superficialidade com a qual aborda o desenrolar do programa(que já não é grande coisa).

    No entanto é até normal que um indivíduo cuja capacidade de senso crítico e observância não ultrapasse os critérios encontrados no típico espectador abobalhado que conversa com a TV, ao assistir programas de pretensões estratosféricas com relação ao que tem a oferecer tais como esse CQC e A Liga, acredita estar vendo um produto de primeiríssima qualidade apenas por sair do padrão comumente encontrado nos demais programas.

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Eu não sei quem é pior, se é quem faz o programa, ou eu que muitas vezes paro meus estudos lá pelas 11 da noite pra assistir certas coisas na TV. Assisti cerca de 5 a 10 minutos essa semana e o nojo de ver aquilo entrando em minha casa com uma falsa aparência de um programa que retrata a realidade quando na verdade defende a baixaria, me conduziu ao botão dos canais...Todavia, me vi mais uma vez como tolo quando em algum momento pensei que haveria possibilidade de sair algo bom de pessoas comprometidas com a promiscuidade...quanta utopia minha!

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  10. Felipe, não sei se este é o caminho mais sábio a ser utilizado hoje em dia. Mas também penso que deveria existir restrições mais severas para isso.

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  11. Brayner, ´´falsa aparência de um programa que retrata a realidade quando na verdade defende a baixaria``.

    Perfeita definição.

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  12. Concordo em número, gênero e grau. Chega a ser absurdo a quantidade de programas desse tipo. Não existe programação decente na TV brasileira, todas as emissoras voltam sua programação promovendo a alienação e "imbecilização" do povo, e pior, é muito bem aceito. Mas o que se pode fazer, temos aí PT no poder a quase 12 anos e já meio caminho andado pra mais 8. Esse é o país que esse povo burro e analfabeto escolheu, resta ao resto da população com educação e cultura aceitar. A que ponto chegamos.

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  13. Leo, a ´´imbecilização`` na tv tem sido uma arma aos governos que promovem a desinformação para alienar o povo. A TV tem parte nisso.

    Abraço

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  14. Laurindo Neto disse...
    Caro anônimo, todos nós temos opiniões guiadas por pressupostos. Ninguém é independente de pressupostos filosóficos, religiosos enfim. A questão é eu sei quais são os meus. Meu argumento não se baseia em preconceitos mas em conceitos racionais sobre a natureza humana.

    Laurindo Neto, desculpe-me, mas sua crítica é desenvolvida a partir da moral da fé religiosa cristâ, e você vem me dizer que sua opinião é baseada em "conceitos racionais sobre a natureza humana"??
    Da onde tirastes isto ?

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  15. O programa é bom...

    O problema é que em vez de ser discutido os temas que são propostos no programa, como " As dificuldades de se viver com um salário minimo".. o embate é televisivo e não social...

    O programa tem sua qualidade, toca a ferida, que a grande maioria não gosta de trazer à tona...

    Muita genteaqui não tem a minina preocupação social, assim como Jesus Cristo teve, e ainda insistem em serem os donos da verdade religiosa, um bando de puxa sacos de pastores que só sabem julgar, mas não por a mão na massa para mudar a nossa triste realidade...

    Vamos analisar as questões sociais que precisam ser modificadas e ver como podemos aos menos minimamente reduzi-las...

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